segunda-feira, 9 de maio de 2011

Dança na Educação


   Pela primeira vez na história do Brasil a dança faz parte dos parâmetros nacionais da educação.
     Em nossos dias cada vez mais toma-se consciência da importância da dança como forma de expressão do ser humano. A dança hoje é percebida por seu valor em si, muito mais do que um passatempo, um divertimento ou um ornamento. Na educação, ela deve estar voltada para o desenvolvimento global da criança e do adolescente e vai favorecer todo tipo de aprendizado que eles necessitam. Uma criança que na pré-escola teve a oportunidade de participar de aulas de dança, certamente, terá mais facilidade para ser alfabetizada, por exemplo.
     A dança educativa revela a alegria de se descobrir através da exploração do próprio corpo e das qualidades de movimento. Este trabalho é dirigido para crianças a partir de dois anos de idade e tem como ponto de partida a movimentação natural delas. Uma vez entendido a riqueza das possibilidades de movimento de uma pessoa, ficou impossível reduzir o ensino da dança para a repetição de alguns passos e gestos. Foi preciso um novo enfoque para dar conta das variações quase infinitas deles.
     Em vez de estudar cada movimento particular, o aluno compreende e pratica seus princípios.
     Tradicionalmente, a dança é algo para ser “apresentado e visto”. No mundo contemporâneo, entretanto, esta barreira entre o artista e o público está sendo quebrada. O desafio agora é estabelecer um diálogo mais próximo também entre a arte e a educação em uma mesma atividade, isto visa proporcionar vivências de dança que articulem a criação pessoal e coletiva de movimentos, a apreciação e o conhecimento da dança de modo a integrar a razão e o sensível, o individual e o coletivo, a arte e a educação.
     Através da utilização de uma metodologia específica, busca-se o alcance de qualidades físicas e psíquicas próprias da infância e da adolescência.

O pensamento cartesiano dizia: "Penso, logo existo." 
Hoje em dia: "Existo, pelo fato de estar aqui."

        Os alunos não podem ser considerados simplesmente como mente e seu corpo ser secundarizado em benefício dela, e é óbvio que não devemos relegar a mente em benefício do corpo. Mente e corpo não podem ser instrumentos a serem manejados. É preciso fazer com que os alunos deixem de ser corpo-objeto e tornem-se corpo-sujeito, um corpo vivido (e isso depende de nós).
    Numa aula devemos lembrar sempre que, a proposta que estivermos aplicando deverá trazer à tona as diferenças que as influências das experiências vivenciadas pelos alunos possam promover, ou seja, devemos dispor de uma proposta com objetivos definidos: O que devemos ensinar? De que maneira esse ensino deverá ser procedido? Quando ensinar determinados conteúdos? Quais os materiais e procedimentos que mais se enquadram no processo ensino-aprendizagem? O que desejamos que o aluno saiba ao final do programa??
       Feito isso, estaremos certos que alcançaremos o sucesso tanto no ensino quanto na aprendizagem.


   
Referência: Verderi, Érica B.L.P. Dança na Escola. Rio de Janeiro:Sprint, 1998.



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